Dessa forma, a vacinação no país será adiantada pelo governo federal e pelos governos estaduais.
Além disso, a pasta aguarda a chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford, também já aprovadas para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser incorporada nessa primeira fase de vacinação.
Quando começa a vacinação?
A previsão inicial era que a imunização nos estados começasse na quarta-feira (20). Na manhã desta segunda, os governadores chegaram a um acordo para adiantar esse prazo para terça-feira (19), às 14h.Na cerimônia de entrega das vacinas, porém, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mudou novamente o prazo e disse que com a chegada das vacinas nos estados até 14h a imunização poderá começar já nesta segunda-feira (18) a partir das 17h.
"Fica combinado que a gente distribui tudo hoje e começa [a vacinação] ao final do dia, em princípio, às 17h. A gente marca não antes das 17h, mas se alguém tiver delongas, faz parte da missão", disse o ministro, na cerimônia.
"Quem puder, começa às 18h, mas o importante é que comece hoje, ao final do dia. Esse é nosso combinado", continuou Pazuello.
Quantas pessoas serão vacinadas?
O Ministério da Saúde informou que com esse primeiro lete de vacinas serão imunizadas 2.854.560 (já considerando a perda estimada de 5% das doses da vacina).
As doses foram divididas proporcionalmente os estados de acordo com suas populações. Ao se considera a divisão regional, as doses da Coronavac serão aplicadas da seguinte forma: Norte: 337.332 doses; Nordeste: 683.924 doses; Sudeste: 1.202.090 doses; Sul: 357.821 doses e Centro-Oeste: 273.393 doses.
E quem serão os primeiros vacinados?
De acordo com informações divulgadas pela Saúde no domingo (17), os primeiros vacinados serão trabalhadores da Saúde (34% deles), população indígena em seus territórios, pessoas com deficiência institucionalizadas e pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas.
Dentre esses grupos, os que receberão a maior quantidade das vacinas neste primeiro momento serão os profissionais da saúde – com mais de 2,2 milhões de imunizados em todo o país –, seguido pelos indígenas – 431 mil –, pelos idosos – cerca de 156 mil – e, por fim, pelos deficientes – pouco mais de 6 mil imunizados.
Já o plano nacional de imunização divulgado pelo governo federal em dezembro informava que o grupo prioritário de brasileiros para receber a vacina contra a Covid-19 inclui, ao todo, 54 milhões de pessoas.
O primeiro grupo, segundo o plano, é formado pelos trabalhadores de saúde (quase 5,9 milhões de pessoas), seguidos pelas pessoas com 80 anos de idade ou mais (4,2 milhões), pessos com 75 a 79 anos (3,4 milhões), pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas (198 mil), e indígenas (410 mil).
Na época da divulgação do plano, no entanto, o governo não previa a inclusão de deficientes já nessa primeira fase de vacinação.
Depois, na segunda fase do PNI, seriam imunizados pessoas com 70 a 74 anos (5,1 milhões), pessoas com 65 a 69 anos (7 milhões), pessos com 60 a 64 anos (9 milhões).
Na terceira fase de imunização entram as pessoas com comorbidades como diabetes, hipertensão, doença pulmonar, entre outras. Esse grupo é composto por 12,6 milhões de brasileiros.
Por fim, na 4ª fase de vacinação o PNI prevê a imunização de professores (2,3 milhões de pessoas), de membros das forças de segurança e salvamento (850 mil) e de funcionários do sistema prisional (144 mil).
Mas São Paulo já começou a vacinar?
Sim, mas apenas alguns profissionais da saúde. No domingo (17), a primeira enfermeira foi vacinada em São Paulo minutos depois de a Anvisa autorizar o uso emergencial. Além dela, outros 111 profissionais da saúde foram imunizados no estado.
A vacinação, mais ampla para esse público-alvo, no entanto, só deve começar nesta segunda-feira (18), em seis hospitais de referência do estado: os hospitais das Clínicas da USP da capital e de Ribeirão Preto, o de Campinas (Unicamp), o de Botucatu (Unesp), o de Marília (Famema) e o Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme).
A orientação do governo paulista é que os municípios priorizem os profissionais da saúde, especialmente aqueles que estão na linha de frente do combate à pandemia – que somam, ao todo, cerca de 60 mil pessoas.
Ao todo, cerca de 1,35 milhões de doses da Coronavac ficaram em São Paulo. A campanha de imunização contra a Covid-19 em São Paulo irá progredir de acordo com a disponibilidade das remessas do órgão federal. À medida que o Ministério da Saúde viabilizar mais doses, as novas etapas do cronograma e públicos-alvo da campanha de vacinação contra a Covid-19 serão divulgadas pelo Governo de São Paulo.
Preciso me registrar para receber a vacina?
Não. As vacinas serão oferecidas para as pessoas que fizerem parte do público-alvo que comparecerem a um dos postos de vacinação espalhados pelo país.
No estado de São Paulo, porém, é possível fazer um pré-cadastro pelo site vacinaja.sp.gov.br para evitar a aglomeração de pessoas nas unidades de saúde.
Mas mesmo quem não fizer o pré-cadastro poderá ser vacinado, segundo informações do governo paulista.
A vacina será totalmente gratuita?
Sim. A vacinação nacional é organizada pelos Ministério da Saúde por meio do Sistema Único de Saúde e, portanto, não terá custo para a população.
É possível que, no futuro, clínicas particulares ofereçam vacinas pagas contra a Covid-19, mas ainda não é possível estimar quando isso acontecerá já que nenhum outro imunizante além da Coronavac e da vacina de Oxford – incorporados ao programa do SUS – já pediu autorização de uso para a Anvisa.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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