Para salvar a criança e a mãe, a equipe médica realizou o parto sem que a mulher apresentasse sinais vitais, algo que acontece em um para cada 30 mil nascimentos. De acordo com o G1, Michele ficou 10 minutos sem dar qualquer indício de vida. A jovem lembrou dos momentos anteriores, quando sua pressão chegou a 16 por 10.
“Comecei a sentir um ‘queimor’ em cima de mim e minha respiração faltando. Eu gritava que estava com falta de ar. Foi quando veio uma agonia. Eu virei para o lado e vomitei. Apaguei. Aí eu não lembro de mais nada”, conta.
O diagnóstico foi de pré-eclampsia grave. O obstetra Gláucius Nascimento, da equipe responsável pelo parto, afirmou que a decisão tinha que ser rápida para que eles pudessem salvar o bebê e ressuscitar a mãe.
“Em geral, esse procedimento é realizado numa situação de guerra, com o que tiver, pega-se bisturi e opera do jeito que der. O hospital parou. De repente eu me vi numa sala de pré-parto com tudo que eu precisava pra operar. Fizemos a cesariana de urgência. Tiramos o bebê em situação de morte aparente, mas logo no primeiro minuto ele já respondeu a uma ventilação por oxigênio, e no quinto minuto já tinha se recuperado. Eu escutei o choro do bebê. Naquele momento a equipe se contagiou de alegria”, explicou.
Após cuidar de Maisa, os médicos notaram que Michele ainda tinha ritmo cardíaco e fizeram o procedimento que fez com que ela voltasse à vida, chamado de cardioversão ou choque. “Quando os médicos fizeram o choque, ela retornou para o ritmo cardíaco regular”, frisou Gláucius. Maisa e Michele agora compartilham da mesma data de nascimento. E muito desejo de viver.
Do Metrópoles
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