A Compra
A Heineken anunciou nesta segunda-feira (13) a assinatura de um acordo com a Kirin Holdings Company para adquirir a operação brasileira da Brasil Kirin por 664 milhões de euros (US$ 704 milhões). Com a aquisição, a Heineken pula para o segundo lugar entre as maiores cervejarias do país - com uma participação de quase 19%.
A Kirin teve uma participação de 9% no mercado nacional e seu portfólio inclui marcas como a Schin e a Devassa, além das chamadas marcas especiais Baden Baden e Eisenbahn. Já a Heineken é dona da cerveja homônima e da marcas como Amstel, Kaiser e Bavaria.
O acordo marca a saída da Kirin do Brasil. O grupo japonês pagou cerca de 3,9 bilhões de dólares em 2011 por 12 cervejarias, mas o negócio depois perdeu fatia de mercado e teve custos elevados pela fraqueza da moeda local.
Heineken
A Heineken vai adquirir a Brasil Kirin da japonesa Kirin, que fabrica a cerveja da marca e uma série de produtos farmacêuticos e químicos. A expectativa é que o acordo seja concluído ainda no primeiro semestre deste ano.
O montante a ser desembolsado estima o valor da empresa em 1,025 bilhão de euros.
Alguns analistas também avaliaram o acordo como importante, uma vez que torna a Heineken uma forte rival da líder global AB InBev. A aquisição, que ainda precisa ser aprovada por órgãos reguladores, deve ser concluída na primeira metade do ano.
Segundo comunicado, a Heineken admite que o ambiente macroeconômico brasileiro tem sido "desafiador nos últimos anos", mas aponta o potencial de longo prazo do mercado de cerveja que torna a operação altamente atrativa. Esse potencial vem apoiado pela perspectiva de crescimento do PIB e pelo aumento da população. "Além disso, o segmento premium de cervejas, que superou o crescimento médio do mercado de cerveja nos últimos anos, tem uma participação relativamente baixa em comparação com outros mercados, proporcionando uma oportunidade de crescimento futuro", diz a nota.
O Brasil é hoje o terceiro maior mercado global para cerveja, com consumo de 139 milhões de hectolitros em 2015.
A Heineken comprou as operações de cerveja da FEMSA em 2010 e de lá para cá, sua participação de mercado subiu para 10%. Recentemente, a empresa lançou a Amstel no país para conquistar um público maior. Atualmente, a companhia opera 5 cervejarias no Brasil e tem uma parceria de distribuição estratégica com os engarrafadores Coca-Cola.
A Brasil Kirin é uma das maiores fabricantes de cerveja no Brasil, operando 12 fábricas com rede de vendas e distribuição própria. Tem uma presença particularmente forte no Norte e Nordeste onde a Heineken possui atualmente uma participação menor. Em refrigerantes, a Kirin registrou participação de mercado de 2% em 2015. Entre as marcas de refrigerantes da companhia estão a Itubaína.
Marcas da Brasil Kirin | Marcas da Heineken |
---|---|
Água Skin | Heineken |
Baden Baden | Amstel |
Schin | Sol premium |
Itubaína | Desperados |
Devassa | Kaiser Radler |
Viva Schin | Kaiser |
Eisenbahn | Bavaria |
Skinka | Bavaria Premium |
Glacial | Bavaria 0% |
Cintra | Xingu |
K Energy Drink | Dos Equis |
No Grauº | Birra Moretti |
Schin Tônica | Edelweiss |
Kirin Ichiban | Murphys Irish Stout |
Do Época Negócios
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