terça-feira, 21 de agosto de 2018

Editorial: Eleições 2018: Fatos e Boatos por Cleidinho Lisboa

As notícias falsas viraram um grande sucesso na internet, muitas delas vêm embaladas numa linguagem que parece uma notícia verdadeira. O mais preocupante é que acabam influenciando aqueles leitores que não conseguem identificar o que é verdade e o que é boato. Os boatos se espalham mais rapidamente quando se trata de uma pessoa pública ou sobre assuntos de comoção popular e não prejudica somente o processo eleitoral, que é o que está em evidência no momento, mas também, outros ou quase todos os setores da sociedade. Lembro-me do caso de uma mulher no Guarujá SP, em 2014, que foi linchada até a morte após boatos na internet acusando-a de praticar magia negra com crianças(era mentira). Este é apenas um exemplo do efeito devastador das notícias falsas. Estamos vivendo em tempos que prevalece a máxima: "se está na internet é verdade", sendo necessário ajustar nossos parâmetros para melhorar nossa percepção e discernimento.

Com as eleições presidenciais se aproximando é preciso ficar em alerta, pois agora a grande questão é que o discurso político não é mais baseado em argumentos e sim em estratégias de buscar eleitores e para isso são utilizadas as formas mais sórdidas que existem, inclusive prejudicar o adversário. Outro bom exemplo foi a eleição de 2014 aqui no Brasil, onde Marina Silva, depois da morte de Eduardo Campos, chegou a empatar com Dilma na liderança do primeiro turno, quando ambas antigiram 34% das intenções de voto e após enxurradas de notícias falsas dissiminadas em seu desfavor o cenário foi totalmente diferente, tirando-a da disputa do segundo turno.

A autocrítica do eleitor será muito importante. Checar com profundidade a credibilidade da informação é muito importante, pois estamos em um ambiente onde a produção de boatos vai ser proferida em larga escala.
Cleides Lisboa
Lic. Letras 
Esp. Língua Portuguesa e Literatura

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